Famílias Colaterais


1. DUAS PALAVRAS

Desde há muito tempo que a Anita, dedicada companheira de há mais de trinta anos, vinha mostrando uma vontade incontida de descobrir uma localidade chamada Dine que, segundo ela, se situaria algures em Trás-os-Montes… e pronto!
  De pequenina que ouvia falar nos Senhores de Dine, e nos seus ancestrais, em conversas à Lareira e agora, herdeira desses nobres pergaminhos, guarda com uma religiosidade de todo indisfarçável uma profusão de apontamentos que o Jorginho, seu tio roubado à vida na flor da sua juventude, compilara ao longo de alguns anos, mesmo já quando estava acometido pela doença que o viria a vitimar. Eram registos genealógicos sobre os Dine, os Ghira, os Sincer, os Falcões, sei lá, um manancial de informação que nos admiramos como foi naquele tempo possível compilá-la sem que houvesse acesso aos recursos que temos hoje. Deles fazem parte contactos com o Abade do Baçal, insigne historiador bragançano, tentando obter informações sobre a origem dos seus ancestrais.
Um dia metemo-nos no carro e partimos, sem destino, como tantas vezes. Este virou para o norte. Assim como assim, já que estávamos com curiosidade e interesse, lá fomos à descoberta da famigerada terra.
Pergunta aqui, pergunta acolá, com as escassas informações que tínhamos e eis-nos a penetrar no profundo do 
Parque de Montesinho. Quilómetro após quilómetro, numa viagem que parecia não ter destino, lançando sortes em cada cruzamento que surgia, para ver se não nos perdíamos – perdidos já nós andávamos e naquele deserto não havia ninguém a quem questionar - lá nos fomos aproximando até que, mesmos nos confins da serrania, avistamos uma placa mal perceptível que indicava: Dine. Incrédulos, sorrimos. Avançamos e ao longe, lá mesmo do alto, avistávamos uma pequenina aldeia escondida entre as montanhas. Continuamos e quando chegamos à entrada da aldeia, logo após um curto desvio pelo cemitério, deparamos com uma cena bizarra: um galinheiro na berma da estrada, alguns galináceos muito senhores do seu nariz, como que demarcando o seu território, cacarejaram com autoridade, parecendo questionar o porquê da nossa intromissão inesperada. Olhámos para o lado e, pasmados, numa placa toponímica ali colocada, lemos: Estrada Sem Saída Bonito, exclamei, chegámos ao fim do mundo, chegámos à terra dos Senhores de Dine. Sob os olhares desconfiados de um ou outro curioso que nos mirava à distância, penetramos naquele caminho de cabras, onde dificilmente passava um tractor. Decididos, prosseguimos em direcção a uma capelinha que se avistava mesmo lá no cimo da aldeia. Quem sabe, talvez a ajuda divina nos pudesse orientar para descobrirmos onde estávamos! Pé ante pé subimos. Não havia vivalma. Curiosamente… ou talvez não, a capela estava entreaberta. Por isso, entramos… O nosso coração saltitava de expectativa, curiosidade, estupefacção, temor…, sei lá, uma amálgama de sentimentos que não conseguíamos discernir. Acabávamos de descobrir um mundo estranho, cheio de magia que, lá no fundo, nos parecia contar histórias que conhecíamos, como se estivéssemos a visitar aquilo que era nosso, parecia sentirmo-nos sós… mas em casa. Que nó cego, Deus meu!

Junto à capelinha havia uma casa grande, de boa aparência. De novo, com alguma ironia, disse à Anita: Vês, aqui é a casa dos Senhores de Dine! Esboçou um sorriso que não podia esconder algum cinismo provocado pela ironia e desaforo das minhas palavras. E continuou, indiferente a esses apartes inconvenientes e despropositados., a procurar aqui e ali – louvado seja Deus! – achados que nem ela mesma imaginava. Uma Bíblia antiga deixada ali, um missal acolá, enfim!

Após algum tempo e como não aparecesse ninguém com quem trocar algumas palavras e indagar sobre os motivos que nos levaram ali, a descoberta de raízes ancestrais, olhamos um para o outro com olhar triste, algo desapontado e dirigimo-nos para o carro, encobrindo com o nosso silêncio essa frustração interior de insatisfação que nos percorria nesta efémera aventura que parecia não nos conduzir a lado nenhum. A hora avançava velozmente. Descemos a ladeira e, quando chegávamos lá abaixo…, surpresa, deparamo-nos com uma camponesa carregada de produtos e ferramentas agrícolas que, surpreendida e não escondendo alguma desconfiança, nos saudou e nos questionou se procurávamos alguma coisa – afinal, vínhamos da direcção da sua casa! Era a Judite. Após uma pequena troca de palavras, falamos dos motivos porque ali nos encontrávamos, disparamos alguns nomes que levávamos de memória e, ao ouvir pronunciar o nome de Joana Rosa Lopes, o semblante da Judite mudou. Logo, com um largo sorriso nos lábios, exclamou: Essa é da minha família! Acabávamos de descobrir o que procurávamos, os nossos ancestrais. As famílias dos Dines e os Lopes estão desde há algumas gerações ligadas por laços familiares.

Ainda mal refeitos de todos estes acontecimentos que criavam em nós sentimentos profundos de alegria e de surpresa, acabamos por aceitar o seu convite e entrar em sua casa. Então …, conversamos, conversamos durante muito tempo. Tudo começou a tornar-se mais claro. As novas descobertas sucediam-se em catapulta. Afinal, aquela casa pertencia aos Senhores de Dine, melhor, à família Lopes, digna depositária dos pergaminhos dos Dines na terra dos seus Senhores.

A partir daí, a curiosidade sobre a família e sobre o local foi crescendo gradualmente e por diversas vezes nos temos deslocado a Dine e Bragança para aprofundarmos a história da família…, a de ontem e a de hoje. Conciliamos o facto de agora, reformados, termos mais tempo disponível para compilar e desenvolver um pouco a sua história, conhecer melhor as façanhas dos nossos ancestrais e partilhar amizade com novos membros desta grande Família, tentando entender um pouco mais além da razão porque aqui peregrinamos.
Quase sem nos apercebermos, tínhamos descoberto um espaço que nos proporcionaria momentos de grande alegria e nos levavam a protagonizar excelentes aventuras, encontramos um lugar tranquilo, cativante, encantador que, quiçá, esconde segredos que só cada um por si terá que descobrir.


Venham conhecê-lo…


A Aldeia de Dine

…Deitar-me faz em verdes pastos…
Guia-me mansamente a águas tranquilas…
Salmo 23
                                                  

Escondida nos confins do Parque de Montesinho, a aldeia de Dine ergue-se sobranceira sobre os montes, apresentando-nos cenários deslumbrantes e paisagens de rara beleza.

Do topo do antigo Castro avista-se ao longe o rio Tuela que desliza na sua plenitude e tranquilidade desde o Lago Sanábria, em Espanha, até ao Tua para num imenso abraço se dirigir ao Douro e numa correria desenfreada alcançar o grande mar entre o Cabedelo e Foz do Douro.

Os trilhos pedonais que o local nos oferece são duma variedade e qualidade tal que nos impelem a
voltar sempre e o mais breve possível. O local, pela sua beleza, tem sido procurado nos últimos tempos para ali se efectuarem algumas actividades mais ou menos radicais que, temos esperança, não venham comprometer o que o mesmo tem de melhor, o sossego.

As primeiras escavações realizaram-se em 1964, pela mão do diplomata Dinamarquês Karl Harpson, seguindo-se novas investigações entre 1982 e 1984, da responsabilidade do já extinto Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte.
Através destas escavações ficou-se a saber que a Lorga de Dine teve uma longa ocupação no período do Calcolítico. “Foram encontradas grandes quantidades de ossos humanos e de animais, vasos cerâmicos, bem como alguns objectos de adorno e de trabalho da madeira e caça”, explicou o arqueólogo do Parque Natural de Montesinho (PNM), A. Redentor.
Objectos como pontas de setas, machados e colares foram colocados no Centro de Interpretação, ainda que alguns sejam reconstituições dos achados descobertos nas escavações.
Tendo em conta que foram encontradas diversas ossadas, os técnicos concluíram que a Lorga também servia de necrópole, mas a quantidade de cacos desenterrados faz pensar que o local também era usado como armazém de mantimentos, em especial cereais.

As primeiras escavações realizaram-se em 1964, pela mão do diplomata Dinamarquês Karl Harpson,
seguindo-se novas investigações entre 1982 e 1984, da responsabilidade do já extinto Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte.
Através destas escavações ficou-se a saber que a Lorga de Dine teve uma longa ocupação no período do Calcolítico. “Foram encontradas grandes quantidades de ossos humanos e de animais, vasos cerâmicos, bem como alguns objectos de adorno e de trabalho da madeira e caça”, explicou o arqueólogo do Parque Natural de Montesinho (PNM), A. Redentor.
Objectos como pontas de setas, machados e colares foram colocados no Centro de Interpretação, ainda que alguns sejam reconstituições dos achados descobertos nas escavações.
Tendo em conta que foram encontradas diversas ossadas, os técnicos concluíram que a Lorga também servia de necrópole, mas a quantidade de cacos desenterrados faz pensar que o local também era usado como armazém de mantimentos, em especial cereais.
Após a abertura do Centro de Interpretação, a Câmara Municipal de Vinhais (CMV) vai levar a cabo uma intervenção no próprio local, que visa consolidar o tecto da gruta, dado que algumas pedras já caíram.
Posteriormente, avançará o arranjo da entrada da Lorga, de forma a impedir o acesso ao interior da gruta que, mesmo assim, poderá ser observada a partir do exterior.
A criação do Centro de Interpretação resulta duma parceria da Câmara Municipal de Vinhais, PNM e
Junta de Freguesia de Fresulfe.
O equipamento é constituído por diversos painéis informativos e por uma exposição permanente dos achados arqueológicos.
Durante o Verão, o local estará aberto todos os dias, mas no resto do ano só funcionará com marcação prévia.
Os Fornos de Cal encontram-se instalados em terrenos contíguos aos da Lorga, parte dos quais foram cedidos ao Parque pela família Lopes. Serviram durante muitos anos para transformar em cal a pedra que extraiam do solo.


Fornos de Cal
Repleta de bosques de castanheiros, nogueiras e variadíssimos espécimes de árvores e arbustos, aliado a uma luxuriante diversidade paisagística que encanta, acaba por oferecer a quem a visita cenários inolvidáveis.

No cabeço da aldeia, no mesmo local do antigo Castro, encontra erigida uma linda e bem conservada capelinha. Esta encontra-se ladeada do Museu Interpretativo e da casa da família Lopes. Os seus proprietários, a Judite e o Telmo, são os guardiães, daqueles lugares, acompanhando e informando, tal qual os melhores guias turísticos, todos aqueles que acorrem ao local para o visitar. O Núcleo Arqueológico, no qual se

enquadra a Lorga, os Fornos e o Parque estão instalados parcialmente em terrenos que a família Lopes cedeu ao Parque de Montesinho para esse fim. Esta família encontra-se directamente ligada à Família Dine, sendo Joana Rosa Lopes, esposa de Jacinto José Dine, ancestral da Maria Judite.
(v. Árvore Genealógica n.º 07)

Lá ao longe ergue-se majestoso o monte onde outrora se encontravam os moinhos de Dine, propriedade da família, que transformavam os grãos de milho, trigo e centeio na farinha que seria utilizada pela aldeia e povoados vizinhos para a confecção do saboroso pão da região, moinhos que foram destruídos no violento temporal ocorrido em 25 de Agosto de 1804, “com a qual havião hido todos os trastes e alfaias de que ellas se compunham e outros enteresses, de consideração, assim como hum grande número de cargas de pão que se achavão nos ditos moinhos sem que nada se podesse acudir, ficando os seus moradores em uma total decadência…” Esta ocorrência determinou a partida de Francisco Xavier Dine e família para Bragança a fim de recomeçar uma nova vida. Aqui ficaram as suas terras, transmitidas aos seus parentes próximos, sendo actualmente a família Lopes a legítima proprietária daquele monte.
                                                   
Os Poços de Cal e a Lorga de Dine são duma riqueza arqueológica a que ninguém poderá ficar indiferente, oferecendo-nos ao seu redor lugares de lazer e descontracção da qual liberalmente podemos desfrutar.

Num dos ermos, contíguo ao monte dos antigos moinhos, construiu a administração do Parque de Montesinho uma Casa para Turismo Rural que os amantes da natureza vem a usufruir em grande número. Trata-se de um lugar paradisíaco que não podemos deixar de visitar.

A título de curiosidade, registamos que em 1757 Dine era Sede de Concelho e tinha 30 fogos.

Aproveite pois os seus tempos livres e venha conhecer Dine e os seus encantos.

Lorga de Dine



A Lorga de Dine é uma cavidade funerária ocupada durante o Calcolítico e a Idade do Bronze, sendo um dos locais mais representativos dessa época.
isso pensa-se que o local terá servido, ainda, de habitação à comunidade que ali se fixou.
Segundo Armando Redentor, neste campo surgem duas possibilidades. “Ou a comunidade vivia no interior da Lorga e aí enterrava os seus mortos e fazia armazenagem, ou vivia no morro do Castro, onde hoje está a igreja paroquial, usando a Lorga para necrópole e para guardar alimentos”, avança o Arqueólogo. Em termos de espaço físico, a Lorga de Dine é constituída por três salas de grandes dimensões, a par de duas de menor dimensão, de onde partem algumas galerias.

Fornos de Cal


Eram construções comuns para a época e estiveram em funcionamento até há algumas dezenas de anos atrás.

Abasteciam toda aquela região tendo com o desenvolvimento tecnológico entrado gradualmente em desuso, degradando-se. Já recentemente alguns dos fornos foram reconstruídos, sendo agora uma mais-valia para suscitar maior interesse turístico, como complemento à visita à Lorga e ao Museu.


De referir que no espaço envolvente foi criado um pequeno parque de merendas e lazer onde os visitantes poderão usufruir de momentos de relaxamento, descontracção e reconstituição física que não deve ser menosprezado.












2. UM POUCO DE HISTÓRIA

Família Dine

O nome Dine em Portugal tem origem toponímica na Aldeia de Dine, localidade de origem muito antiga, implantada na franja do Parque Nacional de Montesinho, junto à serra da Mofreita e parte integrante da freguesia de Fresulfe, concelho de Vinhais.

Fora desta referência toponímica, não é conhecida a origem deste nome em Portugal, embora aqui e ali continuem a ser aventadas com alguma regularidade as mais diversas hipóteses. Nas suas pesquisas, o Abade do Baçal refere as Inquirições de 1258 “Dino foi testemunha no Documento citado na Obra Portugal Monumental e Histórico, Diplomata et Chartae, doc. 384, ano de 1038”. Refere ainda o nome Dinea, de origem romana, referindo uma certa Dinea que foi morta juntamente com a sua descendência pelo marido. Mesmo considerando esta ideia, não conhecemos nenhuma Dinea com estes requisitos e a referida pelo Abade do Baçal, como é óbvio, está posta de parte.

Na França, a origem da Família Dine remonta ao tempo dos normandos. Como se sabe, os germanos, nas suas incursões pela Europa, ocuparam a Normandia. Ali existe desde esses tempos muito antigos uma terra chamada Dine-les-Bains. Daí tiveram origem os Dine da Normandia, por isso, também de origem toponímica. Fica a pergunta: Será que foram os germanos que levaram para a Normandia o nome Dine? E já agora, a talho de foice: Será que foram os mesmos os alemães que trouxeram para Portugal esse nome, quando das conquistas bárbaras do território da Península, na época pós-romana? Ou ainda: Teria sido a ocupação muçulmana ocorrida entre 711 e 716 quem trouxe o nome? Estarão aí as famigeradas ligações árabes? Leiamos com atenção: O avanço muçulmano, a partir de 711, foi rápido e a subjugação da totalidade do território actualmente português terá ficado concluída em 716, ano em que se terá dado a ocupação do território transmontano. (in: www.rotaterrafria.com)

Instalado nos séculos anteriores, encontra-se estabelecido na Região de Bretagne um ramo nobre da Família Dine que conta entre os seus membros os Senhores de Allerac, de Balestre e do Tallut. Entre os personagens mais marcantes dessa família, contavam-se Philippot, Archeiro (mostra de 1480, paróquia de Miniac-Morvan, bispado de Dol); Gilles, secretário do Rei em 1561, tornado nobre em 1594; dois conselheiros do Parlamento em 1594 e 1624, instituído em Budes et Fournier. (Nobiliére e Armorial de Bretagne).

Os Dine chegaram à Inglaterra quando da conquista desta pelo Duque Guillherme da Normandia (Guilerme I, Rei de Inglaterra), no ano de 1066. Por razões de sucessão monárquica com a coroa inglesa (o Duque Guilherme era o legítimo sucessor da Coroa após a morte do Rei), membros da família Dine lutaram a seu lado na Batalha de Hastings, tendo após a derrota dos ingleses esse Dine sido nomeado Lord. Foram-lhe atribuídas pelo já Rei Guilherme I, como recompensa pelo distinto auxílio que prestaram, diversas terras na região de Sussex. A família instalou-se e permaneceu nesse local ao longo de gerações, até aos dias de hoje, espalhando-se depois ao longo de toda a Grã-Bretanha. Hoje em dia torna-se fácil encontrar muitas famílias Dine não só na Grã-Bretanha mas em diversos países, existindo uma grande profusão de membros na América Central (EUA), para onde se deslocaram integrados nas colónias que se dirigiram para a Nova Inglaterra (leia-se, Estados Unidos da América), quando do domínio Britânico daquela região. George e Thomas Dine chegaram a Filadélfia em 1836; William Dyon vivia em Virgínia em 1649. Entre os seus descendentes é conhecido o atleta Jim Dine.

Existem diversas derivações do nome: Dyne, Dine, Dives, Dynne, Dinne, Dyves e Dyon, entre outros. O povo Navajo (índios dos E.U.A.) preferia ser chamados Dine, vocábulo que significa o povo.

Como referimos, há referências antigas que vão correndo entre diversos ramos da família duma certa origem persa ou árabe com ligações a Linhagens do Iémen do Sul, referindo-se até o nome de determinados personagens mas essas ligações não puderam, ao que sabemos, ser confirmadas até à presente data. Vamos continuar a estar atentos a elas.


Brasões









1 comentário:

  1. Olá. Eu sou filha de José Carlos Dine de Loura (Ramo de CARLOS VICTOR FONSECA DINE) e gostaria de ter o contacto da pessoa que administra este site para poder enviar documentos, fotos, dados relativos aos antepassados. Obrigada

    ResponderEliminar